Os primeiros Contactos com o Reino do “Preste João”
Com o avanço da ciência cartográfica, nos finais do século XIV, o reino do “Preste João” já não se localizava na Ásia, mas sim na África, precisamente na Etiópia. Giovanni de Carignano, cartógrafo genovês que no período entre 1291 e 1329 desenhava mapas, foi a primeira autoridade a afirmar que o reino do “Preste João” se localizava na África e não na Índia, como até então se pressupunha ser a sua localização. Feito notável, se tomarmos em consideração que apenas à distância dum século, Marco Polo na descrição que fizera das suas viagens (1271-1275), referiu que procurara o reino do “Preste João” na Ásia, e que o tinha localizado nas estepes da Mongólia. Aliás, chegou mesmo a identificá-lo como sendo um dos Cãs daquelas estepes, cujo povo tártaro, estava já em franca decadência, uma vez que eram fracas as reminiscências do seu antigo esplendor, claramente ofuscadas pelo brilho da corte de Kublai Khan a quem a aquele povo prestava vassalagem.
Com o avanço da ciência cartográfica, nos finais do século XIV, o reino do “Preste João” já não se localizava na Ásia, mas sim na África, precisamente na Etiópia. Giovanni de Carignano, cartógrafo genovês que no período entre 1291 e 1329 desenhava mapas, foi a primeira autoridade a afirmar que o reino do “Preste João” se localizava na África e não na Índia, como até então se pressupunha ser a sua localização. Feito notável, se tomarmos em consideração que apenas à distância dum século, Marco Polo na descrição que fizera das suas viagens (1271-1275), referiu que procurara o reino do “Preste João” na Ásia, e que o tinha localizado nas estepes da Mongólia. Aliás, chegou mesmo a identificá-lo como sendo um dos Cãs daquelas estepes, cujo povo tártaro, estava já em franca decadência, uma vez que eram fracas as reminiscências do seu antigo esplendor, claramente ofuscadas pelo brilho da corte de Kublai Khan a quem a aquele povo prestava vassalagem.
Por outro lado, o longo isolamento a que a Abissínia esteve sujeita, terá sem dúvida alimentado as fantasias e as especulações. No entanto, tal isolamento não impediu que se estabelecessem alguns contactos pontuais entre peregrinos europeus e etíopes, nomeadamente na Terra Santa e, se fizessem esporádicas visitas de missionários católicos à Abissínia.
A primeira embaixada oficial de que há conhecimento, foi a embaixada enviada pelo papa João XXII, a qual, chegaria à Abissínia apenas em 1316. Pelo que a partir daquela data, começaram a chegar à Europa relatos fascinantes sobre aquela região, que não mais deixaria de ser referida como a “Terra do Preste João”.
Assim, a Europa ficou a saber da existência de impressionantes basílicas chapeadas a ouro, como ficou a saber da localização do túmulo do apóstolo Tomé, em Meliapor.
A confusão gerada nos europeus, sobre a localização destas duas regiões, naquela época até tinha alguma razão de existir. Pois, ambas ficavam “para as bandas do Oriente”. E tanto mais que para se chegar a qualquer uma daquelas regiões, era necessário atravessar um “grande deserto arenoso”, fosse ele o Sahara, o Arábico, o Negev ou as grandes estepes asiáticas.
Por sua vez, foi na primeira metade do século XV, que o imperador Yechak conseguiu estabelecer relações diplomáticas com os soberanos europeus, entre os quais, com D. Afonso V de Aragão, propondo-lhe uma aliança contra os árabes. Mas, pelo facto de se ter verificado um acentuado alívio da ameaça islâmica, o interesse daquele reino numa possível aliança, foi muito reduzido, ou quase nulo. Seria outro pequeno reino situado no extremo sudoeste do continente europeu a reacender o interesse na procura do reino do “Preste João”. Portugal!
E, nele, a Ordem de Cristo, herdeira das tradições e saberes dos Templários, um verdadeiro estado dentro do próprio Estado, viria a considerar o reino do “Preste João” como sendo a autentica Terra Santa do esoterismo medieval, o centro espiritual supremo do mundo. Aliás, uma visão que mostrava o estado de angústia em que a Ordem se encontrava e, a urgência que aquela sentia na procura espiritual dum Graal que se afastava do Ocidente e, que por outro lado se ia perdendo de vista a natureza profunda desse mesmo Graal.
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